Mafra foi investigada no caso das sanguessugas

 


O Município de Mafra foi investigado por equipe da Corregedoria Geral da União -CGU, por possível envolvimento com a Máfia das Sanguessugas. Nesta semana, representantes do Departamento Nacional de Auditoria do SUS passaram dois dias conferindo documentos relacionados à compra de uma ambulância no ano de 2002, durante a administração passada.  


A suspeita é de que o município também tenha se envolvido no passado com a Máfia   das sanguessugas, que se utilizavam de emenda parlamentar para aquisição de ambulâncias superfaturadas, através da empresa Planam ou outras semelhantes.


Em Mafra os investigadores analisaram cuidadosamente documentos fornecidos pelo Secretário da Fazenda e Planejamento Clesiomar Witt, relativos à compra da ambulância, como o processo licitatório n° 035/2002 e referente à aquisição de um veículo Van 0 Km, modelo Iveco daily,ano 2002, no valor de R$ 59.800,00, conforme nota fiscal n° 165, de 17/10/2002, fornecida pela empresa Klass Comércio e representações limitada, de Cuiabá-MT. Também conferiram o processo n° 036/2002, de aquisição de equipamentos para transformar o veículo em Unidade Móvel de Saúde, destinada à Secretaria Municipal de Saúde, no valor de R$ 49.353,00, conforme nota fiscal n° 167, de 17/10/2002, da mesma empresa.  


A suspeita de envolvimento com a Máfia das ambulâncias também foi objeto de investigação feita pelo Legislativo local, que culminou com encaminhamento de todos os documentos   coletados, feito pela Câmara Municipal, assinado por vários vereadores, ao Ministério Público do Município, do Estado e da União; ao Tribunal de Contas do Estado e   da União; à Superintendência da Polícia Federal de Santa Catarina e ao Senador Almir Lando, relator da CPMI das Sanguessugas no Congresso Nacional.


Segundo o Secretário Clesiomar Witt, visto as denúncias dos vereadores e a auditoria do Ministério da Saúde, caberia agora à Câmara de Vereadores de Mafra a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito-CPI, sobre o caso. Ele salientou como indício de irregularidade o fato da   nota fiscal original de compra do veículo não existir   nos arquivos da Prefeitura, tendo sido substituída por uma via autenticada solicitada pelo Município de Mafra, através do ofício n° 407, de 29/10/2002, ao 1° Tabelionato de Notas e Protestos de Títulos de Edinir Fuchs e a não apresentação de propostas por duas empresas participantes da licitação.


O Secretário destacou as empresas participantes do processo de licitação sendo:   Klass Comércio e Representação Ltda, de Cuiabá, cuja responsável pela assinatura do contrato foi Maria Loedir de Jesus Lara;   empresa Vedovel Comércio e Representações Ltda, estabelecida em Curitiba, cuja responsável pela assinatura do contrato é a Sra. Helen Paula Duarte Cirineu Vedoin; e a empresa Leal Máquinas Ltda, de Belo Horizonte, cujo representante legal é Aristóteles Leal Neto.