Mafra continua removendo famílias ribeirinhas e contabiliza prejuízos

 

A população mafrense reviveu nesta semana o drama das enchentes de 1992 e 1983.  O nível do rio Negro que está subindo mais lentamente, atingiu às 9h da sexta-feira, 2 de outubro, a marca de 9.28m. A Defesa Civil está atuando no auxílio aos desalojados já tendo sido removidas mais de 50 famílias, das quais 30 foram para abrigos públicos. Os prejuízos causados pelas chuvas, temporais e alagamentos na cidade e interior estão sendo contabilizados.

No interior a situação também está bastante crítica, segundo a  Defesa Civil com pontes danificadas ou destruídas pela  força das águas, além de bueiros estourados.  O Prefeito Jango Herbst percorreu os locais alagados e o interior de Mafra para verificar as condições das estradas. E para garantir a segurança dos alunos que freqüentam escolas no meio rural, determinou a suspensão das aulas nas escolas isoladas e escolas municipais do interior no dia de ontem (sexta-feira, 20 de outubro).  Estiveram com aulas paralisadas as escolas isoladas Abelinha Feliz, Passo da Cruz, Papuã e Rio Preto do Sul, além das escolas municipais Avencal São Sebastião, Avencal do Saltinho, Bituvinha, Butiazinho de Cima, Colônia Augusta Vitória, Colônia Ruthes, Evaldo Steidel, Rio da Areia do Meio, São Lourenço e Portão São Lourenço. Nas escolas da área urbana as aulas foram mantidas normalmente. O retorno das aulas acontecerá assim que a situação seja normalizada.

As Secretarias Municipais de Obras e Desenvolvimento Urbano estão em constante  trabalho de recuperação das estradas do interior e ruas dos bairros. As Secretarias de Educação e Ação Social estão atuando na alimentação e organização das famílias desalojadas. Toda a administração municipal está envolvida no apoio à Defesa Civil (composta por entidades públicas e privadas, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, entre outras) que atua em parceria com 5º RCC. 

Enchentes de 83 e 92

Em julho de 1983 as intensas chuvas fizeram o nível do rio Negro chegar a 14,57 metros, inundando bairros, destruindo edificações e deixando milhares de desabrigados. Nove anos depois, em maio de 1992 o nível chegou a 14,42 metros e as águas novamente invadiram as cidades. Na ocasião quatro bairros mais baixos foram atingidos. Cerca de oito mil desabrigados foram enviados a 24 abrigos oficiais, entre salões paroquiais, ginásios, clubes, barracões de empresas e até vagões de trens da antiga Rede Ferroviária Federal. Os prejuízos, na época, foram calculados em cinco bilhões de cruzeiros. (fonte Wikipédia).