Passeata "cor de rosa" condena violência contra mulheres
Vestidas de camiseta na cor rosa choque, com a frase "Violência contra a mulher nada justifica" cerca de 150 mulheres desceram a rua Felipe Schmidt sentido Praça Hercílio Luz chamando a atenção dos motoristas lojistas e pedestres para a importância da denúncia de atos de violência contra as mulheres. Com cartaz alertando que "onde tem violência todo mundo perde", as manifestantes distribuíram filipetas / marca texto (mini-panfletos orientando sobre o disque denúncia 197) condenando todo e qualquer ato de violência. A Caminhada da Paz foi organizada pela Secretaria Municipal da Criança e Ação Social, com apoio dos Clubes de Mães de Mafra e grupos da terceira Idade. Ao final da caminhada as mulheres participaram do Culto Ecumênico pela Paz, realizado na Igreja da Sagrada Família.
Violência em Mafra
Segundo a Secretária Criança e Ação Social, Áurea Bastos Davet, o estado possui apenas 5 delegacias de apoio à mulher, sendo que uma delas está em Mafra, referindo-se ao Centro de Atendimento á Mulher que possui estrutura própria de atendimento. "A agressão contra a mulher existe em nosso município mas ainda se observa a dificuldade delas se manifestarem por razões como medo, dependência econômica, receio em relação aos filhos (perda) e preconceito da sociedade", explicou. Ela destacou os trabalhos desenvolvidos pelo CREAS – unidade de apoio à Secretaria que atua no enfrentamento das questões de violência – à criança e ao adolescente, ao idoso e à mulher – e do Clube Soroptimista Internacional, ambas entidades cujos trabalhos encorajam as mulheres a tomarem decisões no intuito de combater a violência.
Violência moral
As participantes Maria da Luz Mildemberg, costureira aposentada de 69 anos e Elizabete Moshashe, do lar, disseram ser totalmente contra qualquer tipo de violência, quer física ou moral, contra mulheres, idosos e crianças. "Movimentos como esse tem que acontecer sempre, pois é preciso cada vez mais conscientizar as pessoas em relação a determinadas atitudes", destacaram citando não só a violência física, como também a exploração dos idosos por aqueles que se aproveitam para se apoderar das aposentadorias, bem como a falta de educação dos filhos para com os pais, atitudes que consideraram também como um tipo de violência.
O Clube Soroptimista Internacional também apoiou o movimento, distribuindo folderes com referencia a Lei Maria da Penha.