Relatório mostra como está a saúde em Mafra
Como anda a saúde em Mafra? A resposta a esta questão pode ser demonstrada por meio de indicadores no Informe Municipal de Vigilância em Saúde, produzido pela Secretaria Municipal de Saúde/Vigilância Epidemiológica. Os dados contidos neste relatório apontam que Mafra tem melhorado em seus indicadores, os quais servem como instrumento de gerenciamento, avaliação e planejamento das ações de saúde, de modo a permitir mudanças nos processos e resultados. “O indicador é importante para nos conduzir ao resultado final das ações propostas em um planejamento estratégico”, explicaram as enfermeiras da Vigilância Epidemiológica, Luciana Mazon e Francesli Pereira. De acordo com elas, a Vigilância Epidemiológica vem emitindo desde 2013, boletins anuais que permitem um diagnóstico municipal breve das condições de morbimortalidade. “Esta é a primeira edição do informe que busca identificar áreas de risco e evidenciar tendências. Além destes aspectos, é importante salientar que o acompanhamento dos resultados obtidos fortalece a equipe e auxilia no direcionamento das atividades, evitando assim o desperdício de tempo e esforços em ações não efetivas”, pontuaram.
Para a Secretária da pasta, Jaqueline Fátima Previatti Veiga, os esforços concentrados dos profissionais da saúde para alcançar as comunidades mostram resultados positivos. “Os programas de vacinação e de saúde bucal e as campanhas de prevenção a doenças são fundamentais para a manutenção da saúde pública no município”.
Já o Prefeito Wellington Bielecki lembra que o percentual investido na saúde do município é acima daquele exigido por lei. “Na área da Saúde os investimentos em 2016 foram acima do valor mínimo que é de 15%, sendo aplicados no ano 31,48%. Quanto aos indicadores, estes são uma forma de nos ajudar a identificar as adversidades. Também escutamos a população e procuramos melhorar, seja na qualificação do servidor da atenção básica, dos demais profissionais da saúde, na realização de campanhas e outros mecanismos que visem a manutenção da qualidade de vida da população”, declarou.
Mortalidade infantil menor
O histórico de mortalidade infantil no município aponta uma queda. O número de óbitos de crianças menores de um ano em 2016 foi quatro. Segundo as enfermeiras, este valor alcança as taxas de países desenvolvidos como França e Alemanha (04 mortes por 1000 nascidos vivos – OMS, 2012). A mortalidade baixa é um aspecto positivo, pois é um indicador do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – expectativa de vida. “Além disso, em 2016, apenas 8,4% das crianças de Mafra nasceram com menos de 2,5kg (baixo peso). O fato de os parâmetros estarem em limites aceitáveis, pode-se associá-lo a ampliação da Estratégia de Saúde da Família, assim como a adequada assistencia pré-natal. Reitera-se que as ações têm sido direcionadas a melhoras ainda mais significativas nestes resultados”, pontuou Luciana.
Saúde do trabalhador
Desde a adoção dos horários estendidos nas Estratégias de Saúde da Família (ESF) – das 16 às 22 horas -, aumentaram os números de testes rápidos para Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). Evidências epidemiológicas apontam que passou-se a detectar mais casos de sífilis (índices que aumentaram em todo Brasil) e HIV. O número de casos de sífilis passou de seis em 2013 para 78 em 2016. “Os testes rápidos conseguem identificar mais facilmente, portanto elevou-se o número. Em relação ao HIV, somente em 2016 foram registrados 45 novos casos. Porém, com o diagnóstico é possível conter a transmissão e realizar o tratamento, evitando problemas maiores para o indivíduo”, informou a enfermeira Luciana. Ratificando o comentário de Luciana, Alexandre Engel, enfermeiro e coordenador de Coordenação da Atenção Básica explicou que “considerando o horário estendido, registrou-se de 250 a 330 atendimentos a trabalhadores em apenas em um mês”. Vale lembrar que cada ESF realiza um dia do mês o horário estendido e os testes rápidos estão disponíveis em 100% das ESFs.
Mordedura
Os acidentes antirrábicos ocasionados pela mordedura de animais também foi destacado no relatório. Em 2015 e 2016 foram registrados 176 e 182 casos respectivamente. Luciana lembrou que estratégias iniciais já tem sido pensadas pelas autoridades locais, como a atual iniciativa das campanhas de castração lançada pela Prefeitura, a qual visa diminuir a população de animais (cães) nas ruas e por consequência, casos de mordedura.
Indicadores COAP
Os indicadores do COAP – Contrato Organizativo de Ação Pública – demonstram que entre 2010 e 2015 a cobertura de Estratégia Saúde da Família passou de 73,51% para 100%. De acordo com os dados do relatório, esta cobertura foi acompanhada de um decréscimo nas internações por condições sensíveis à Atenção Primária que passou de 23% para 21%. Esse indicador reflete na resolutividade dos serviços básicos. Um dado de destaque foi quanto a procedimentos ambulatoriais de médica complexidade, passando de 0,45% para 0,77%, ou seja, quase o dobro, demonstrando que o município está evoluindo nos serviços de saúde.
Dados online
Os dados estão disponíveis e podem ser acessados nas páginas oficiais do Ministério da Saúde (http://datasus.saude.gov.br/) e da Prefeitura de Mafra (www.mafra.sc.gov.br) -Informe Epidemiológico.