Perfil Cultural – Artesanato como terapia e remédio para depressão

O Departamento de Cultura da Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Cultura de Mafra está realizando desde o mês passado, a divulgação de artistas e projetos artísticos locais. E dando continuidade à série “Perfil Cultural”, esta edição falará sobre a artesã Bernadete Villa Lobus Drapala.

Com uma vida dedicada à arte dos fios, confeccionando peças em tricô, crochê, bordados e patchwork, Bernadete foi a primeira mafrense a ter carteira profissional como artesão e há 13 anos  atua como professora da Casa da Cultura, pela Associação Amigos da Cultura Mafrense. “Comecei a tricotar aos 11 anos, fazendo uma blusa para o meu irmão, que hoje é o presidente da Associação e de lá para cá nunca mais parei”, explicou. Tem produtos comercializados não somente no município como também nos estados do Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul, além de Santa Catarina.

Ela já trabalhou como professora de artesanato nos municípios de Rio Negro, Itaiópolis, Papanduva e Rio do Cedro, além de Mafra, por programa do Governo Federal. E também participa ativamente da Associação, como professora, desde a sua fundação, recordando as idealizadoras Aglaé Lazzari Leite Bastos e Milena Woehl.

 

Mais que um artesanato, uma terapia

Bernadete disse que deve a sua vida ao artesanato. “O artesanato representa a minha vida. Curei um câncer de mama através do artesanato e da dança. Além disso, é para mim também uma terapia”, explicou.

Bernadete tem um sonho: o de passar a sua arte para adolescentes. “Gostaria de ver as salas cheias de jovens para que esse tipo de artesanato não se perca”, afirmou dizendo que já se sente feliz por ter uma turma com 5 jovens neste ano, sendo uma aluna com 9 anos, bordando na máquina de costura.  “Aprender uma arte é muito importante para que os jovens tenham uma ocupação, muitas vezes saindo das ruas, podendo inclusive trabalhar e gerar uma renda com isso”, orientou.

 

Remédio para tudo

Além de uma terapia, Bernadete considera a sua arte como um remédio para todas as doenças. Nas aulas as alunas são como uma família, compartilhando informações, uma ajudando umas as outras quando necessário. “Tenho uma aluna que tomava remédio para depressão diariamente e, depois de apenas um ano frequentando as aulas, não usa mais nenhuma medicação”, explicou. E incentivou a quem quiser participar das aulas, para se inscrevam na Casa da Cultura de Mafra, independente da idade que possua, “dos 8 aos 80 anos”.

 

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