Reunião entre Educação e Saúde de Mafra é realizada com o objetivo de estimular a identificação precoce do autismo e de outras síndromes e transtornos
A intenção é criar uma rede intersetorial para aumentar a eficácia no tratamento
A identificação de sinais precoces do espectro autista e o posterior diagnóstico diferencial são muito importantes para o desenvolvimento da criança autista. Outras síndromes, transtornos e deficiências também revelam progressos quando a identificação e o diagnóstico são realizados o mais cedo possível. Para que objetivos sejam alcançados em todo o município, foi realizada na quinta-feira, 30 de maio, uma reunião entre profissionais das áreas da educação e da saúde do município, juntamente com representantes da APAE de Mafra.
Segundo a secretária de Educação, Estela Maris Bergamini Machado, “quanto mais rápida é realizada a detecção, melhores são os resultados dos tratamentos e a potencialização do desenvolvimento da criança na escola”. Por isso, destacou a importância deste trabalho intersetorial para fortalecer o encaminhamento das crianças o mais cedo possível.
A coordenadora do Atendimento Educacional Especializado da Educação de Mafra, Ana Cláudia Domingues Rauen, também destacou a importância deste alinhamento entre Educação e Saúde, até porque os números na identificação de crianças com necessidade de um atendimento especializado vêm aumentando. “Em 2015, em Mafra, tínhamos sete crianças, entre zero e seis anos, com necessidade de estimulação precoce. Hoje já são 45 crianças”, declarou.
O evento contou ainda com a participação da APAE de Mafra. Segundo a diretora Eliane de Fátima Paszuck Sheurer, as crianças encaminhadas pela Educação de Mafra são avaliadas por uma equipe multidisciplinar e recebem neuroestimulação duas vezes por semana, normalmente no contraturno escolar. Autismo, síndrome de down e atraso global no desenvolvimento são os casos principais que recebem a atenção dos profissionais da associação, mas outras síndromes e erros inatos do metabolismo também são frequentes.
O diálogo realizado entre os setores contou ainda com a apresentação da Drª Juliana Malluta, coordenadora médica do Atendimento Primário em Saúde, que citou os aspectos mais comuns apresentados pelas crianças com alguma deficiência e a necessidade do laudo médico para o acompanhamento mais preciso. A nutricionista Giovana Andréa Zanini Kundlatsch, do departamento de alimentação escolar da secretaria de Educação, destacou que o laudo é importante também para a identificação dos distúrbios alimentares e das doenças que exigem dieta especial, como no caso da diabetes, doença celíaca e outras intolerâncias.
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