Professores de escolas municipais são capacitados sobre exploração sexual

  • O primeiro encontro foi destinado aos educadores do CEM Beija-Flor, Anjo da Guarda e CEMMA

Sexta-feira, 06, foi de capacitação para os professores da rede da municipal dos Centros de Educação Municipal Beija-Flor, Anjo da Guarda e CEMMA. Em pauta violência, abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. Uma promoção do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Mafra em parceria com a Secretaria de Educação.

O curso foi ministrado pelo consultor para a Infância e Adolescência, Joelson dos Passos que pontuou a importância de conhecer como detectar e saber como atuar nesses casos. “Toda a sociedade precisa estar preparada para as ocorrências de exploração sexual. Ter um olhar diferenciado em relação as atitudes e comportamentos das crianças e adolescentes como timidez repentina, incontinência, entre outros, é fundamental”. Essa é a principal proposta da capacitação para os professores”, contou o palestrante.

A professora do Anjo da Guarda, Tineia Regina Hohmann, afirmou que o curso ensinou a observarmelhor os alunos, suas ações e atitudes suspeitas. “Nós aprendemos muito sobre como perceber sintomas, agir e orientar. Creio que esses ensinamentos poderão ser utilizados no dia a dia em sala de aula; bem como fora da classe”.

O presidente da CMDCA, Iuri Belandrino, explicou que a exploração sexual infantil é a terceira fonte ilícita mais rentável do planeta ficando somente abaixo do tráfico de drogas e para o tráfico de armas. Ele conta que é uma das obrigações do conselho atuar na capacitação dos educadores e da sociedadee que serão capacitados todos os professores da rede municipal.

Exploração sexual

A prática de sexo com menores de 14 anos é considerada estupro ou atentado violento ao pudor pelo Código Penal Brasileiro, com pena de 6 a 10 anos de prisão.
O Ministério da Saúde determina aos profissionais da área da Saúde e médicos que atendam crianças e adolescentes menores de 18 anos, em caso de suspeita ou confirmação de abuso sexual, a comunicação é obrigatória ao Conselho Tutelar ou à Vara da Infância e da Juventude.

Foram registradas 271 denúncias de exploração sexual infantil em Santa Catarina pelo Disque 100, no período entre janeiro e agosto de 2014. Se considerados os últimos três anos são 879 registros pelo telefone. Florianópolis está entre os cinco municípios com maior número de denúncias (36) no ano. Os demais são Joinville (96), Canoinhas (84), Mafra (68), Três Barras (49) e Itajaí com (38), segundo a Secretaria de Direitos Humanos (SDH). É importante ressaltar que esses são os números registrados.

O Brasil ocupa hoje o primeiro lugar em exploração sexual de crianças e adolescentes da América Latina. Cerca de 500 mil crianças são vítimas da indústria sexual por ano. A cada três horas, três crianças brasileiras são abusadas sexualmente e as principais vítimas são meninas e meninos de baixa renda e baixa escolaridade – em busca de melhores condições de vida. Ainda de acordo com a secretaria, os exploradores, em geral, são homens entre 25 a 40 anos, de classe média e desacompanhados. Em relação aos exploradores estrangeiros predominam os italianos, os portugueses, holandeses e norte-americanos.

Denuncie

O principal canal de denúncia é o Disque 100. A ocorrência também pode vir pelos celulares, por meio de um aplicativo com o nome Proteja Brasil, desenvolvido pela Unicef e pelo governo brasileiro. Em Mafra a denúncia pode ser feita através:

Conselho Tutelar localizado anexo a Secretaria da Criança e Ação Social, na Rua Benemérito Pedro Kuss, s/nº, Centro (antiga Estação Ferroviária), das 8:00 às 12:00 e das 13:30 às 17:00. Telefones: (47) 3642-4734      Plantão: (47) 8908-2483

100 – Secretaria dos Direitos Humanos

180 – Delegacia da Mulher – ou pelo telefone (47) 3642-0302

181 – Disque-Denúncia

190 – Polícia Militar pelo telefone (47) 3642-4113

197 – Polícia Civil pelo telefone (47) 3642-0123