Avicultores querem pagamentos por sua produção

 


         Da Granja não paga avicultores há 5 meses. Dívida chega a 8 mil por   produtor.


         Para tentar encontrar uma solução para crise vivida pelos produtores integrados da empresa Da Granja, com sede na Lapa, cerca de 120 avicultores reuniram-se na tarde de segunda-feira, com lideranças políticas e sindicais ligados ao setor, representantes dos municípios de Mafra, Rio Negro, Itaiópolis, Tijucas do Sul, Lapa e São José dos Pinhais. Há 5 meses sem receber o pagamento pelos três lotes de frango já entregues, eles reclamam do desrespeito para com o produtor que hoje não tem recursos para manter ou investir nos aviários. A dívida da empresa com cada produtores chega a cerca de 8 mil reais totalizando perto de 7 milhões.


Durante a reunião ficou decidido que será mantido contato com todos os prefeitos dos 25 municípios do Paraná e Santa Catarina, que possuem granjas integradas com a Da Granja para formação de uma comissão que reúna além de representantes dos prefeitos, também dos sindicatos da classe e os próprios avicultores para irem negociar com a direção da empresa. Na ocasião será entregue um documento com as reivindicações e estabelecendo prazo de 48 horas para a empresa se manifestar. Todos os presentes aprovaram a medida, que prevê, caso não haja solução para o problema através do diálogo, uma marcha até a Lapa.  

Ausência

A reunião foi agendada pelo executivo mafrense atendendo pedido dos próprios produtores que buscam apoio para solucionar o problema. A direção da empresa também foi convidada, mas não compareceu, enviando através de ofício assinado pelo gerente do setor de fomento, esclarecimento pelo não comparecimento em função de compromissos   anteriormente assumidos.


Dos 1.300 aviários com aproximadamente 650 produtores integrados da empresa Da Granja, distribuídos nos 25 municípios, 31 são mafrenses. A situação chegou ao limite segundo participantes do movimento, com a maioria dos avicultores ficando impossibilitados   de alojar os próximos lotes.Queremos o nosso pagamento, que é a prioridade. Os produtores não merecem esse desrespeito, afirmaram.


Para o Secretário da Obras e Agricultura de Mafra, Luiz Cláudio Rodrigues a empresa já faltou com o respeito com os agricultores anteriormente. Ele   concordou com a necessidade dos municípios apoiarem os produtores.O que estão fazendo com vocês é uma humilhação e o Município de Mafra irá ajudar no que for possível para solucionar o problema.