Novos conselheiros tutelares tomam posse em Mafra
• Cinco novos conselheiros tutelares foram empossados no último domingo, 10, no auditório da Amplanorte
Na manhã do último domingo, 10, aconteceu a posse dos novos Conselheiros Tutelares de Mafra. Foram eleitos e terão mandato de quatro anos: Fabio Rodrigues, Andreia Paulino, Meirieli dos Anjos, Ivozel Ruthes e Luzia Kraievski.
Posse
No auditório da Amplanorte os conselheiros foram nomeados e empossados pelo Chefe do Poder Executivo Municipal, Wellington Bielecki, na ocasião representado pelo vice-prefeito, Vicente de Paulo Bezerra Saliba e pelo Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Iuri Belandrino.
De acordo com Iuri, esta formação do Conselho Tutelar está apta para iniciar o mandato de 2016 a 2019, com as funções previstas naLei Ordinária nº 4114, de 28 de abril de 2015,com o apoio e acompanhamento do CMDCA e da Secretaria Municipal de Assistência Social. “Os novos conselheiros estão preparados para atuar na sociedade, tendo contato com toda a rede onde irão atuar com os Juizados, Promotoria e demais órgãos oficiais” explicou.
A Secretária da pasta, Kátia Borges Saliba, declarou que a parceria entre a Secretaria e o Conselho é fundamental para o bom desempenho das ações conjuntas e parabenizou os novos conselheiros pela posse na ocasião.
Disposição
O conselheiro Fabio Rodrigues contou que atua na área de educação há alguns anos e o novo cargo é mais um ramo para ajudar crianças e adolescentes, disse ele, que é pai de quatro filhos. “O que faço pelos meus filhos, vou tentar fazer pelos outros. Tenho disposição e disponibilidade para isso”. Fábio completa ainda lembrando que os conselheiros foram votados por famílias que os conhecem e sabem da responsabilidade atribuída à função.
Resgate da cidadania
Um dos momentos mais emocionantes foi o depoimento espontâneo de Luciana (nome fictício), de 30 anos, uma das muitas crianças atendidas pelo Conselho Tutelar entre os anos de 1990 a 2000. Ela falou sobre a infância e adolescência, períodos nos quais sofreu violência doméstica, cárcere privado e ameaças de morte, que deixaram nela cicatrizes de cortes a membros fraturados. Luciana lembrou de todos os momentos nos quais foi socorrida e pode contar com o Conselho Tutelar e a Assistência Social, tanto no atendimento imediato, quanto no encaminhamento da família (mãe e filha) a tratamentos psicológicos. Prestes a perda de sua guarda pelos pais, já aos 17 anos, após anos de lutas, a vida deu oportunidade de um novo destino à jovem. Ela evitou a aproximação com seus familiares, no intuito de não retomar dores do passado, recebendo auxílio junto a uma conselheira da época, hoje, sendo seu apoio materno. “O Conselho Tutelar e a Assistência Social se envolveram direta e indiretamente comigo. Estas pessoas são hoje a minha família”, disse. Luciana deixa claro que apesar de todo sofrimento, não buscou a companhia de drogas e álcool. “O processo pelo qual passei foi doloroso, posso ter cicatrizes em meu corpo, mas em meu coração tenho marcas de gratidão, a todos que me deram apoio”.
Após o depoimento, o público emocionado, pode entender melhor o quanto é importante o trabalho do conselheiro tutelar na sociedade.