Placas indicativas marcarão 275 anos da passagem de tropeiros por Mafra
No ano em que o município de Mafra comemora 93 anos de sua criação, um evento ligado ao movimento dos tropeiros vai marcar a história de um povo que remontam ao ano de 1.735, há 275 anos, quando da passagem da primeira tropa pela região, período em que os municípios de Mafra e Rio Negro ainda não existiam, mas que a sua história sócio-cultural já começava a ser escrita. Trata-se de instalação de uma das 16 placas indicativas da passagem dos tropeiros por Mafra e Papanduva – das quais 4 serão colocadas no centro da cidade – cuja solenidade oficial acontecerá no dia 29 de setembro, no Largo Benemérita Alzira Silveira, anexa à centenária ponte Metálica "Dr. Diniz Assis Henning".
As placas são resultado de projeto do professor MSc, Sandro Moreira, da Universidade do Contestado, que participou do concurso Elizabete Anderle de Estímulo à Cultura, da Fundação Catarinense de Cultura, que teve como principal objetivo, o levantamento de vestígios e legados sócio culturais do movimento tropeiro para a região cortada pelo caminho das tropas de Mafra a Papanduva. Além das placas, o Professor Moreira lançará ainda o livro "Legado do movimento tropeiro", com lendas, curiosidades e estórias diversas, coletadas junto à população. A obra está em processo de finalização e deverá ser concluída ainda este ano.
Segundo o professor Sandro Moreira, o legado cultural dos tropeiros paulistas está evidenciado na região de Mafra, Itaiópolis e Papanduva, na linguagem, nos hábitos e costumes destacados nas histórias de causos e lendas. "Embora a criação política dos municípios seja recente, Mafra com 93 anos e Papanduva com 66 anos, o início da passagem, pela região, de bandeirantes e posteriormente sendo tropeiros, data da primeira metade do século XVIII, isto há 275 anos, momento que tem início a história da formação sócio-cultural do homem do planalto", explicou.
Curiosidade histórica
O município de Mafra foi criado por lei no ano de 1917. Decisão tomada pelos deputados em Florianópolis, para resolver o problema de um povo que habitava uma localidade sem denominação ou qualquer estrutura de administração pública. Isto porque, no ano de 1916 com o acordo de limites entre PR e SC, o município de Rio Negro teve que recuar seus limites com SC para a margem direita do rio Negro. Assim, a margem esquerda, até então território de Rio Negro-PR, ficou praticamente abandonado até que as autoridades resolveram o problema da população da margem esquerda com a criação do Município de Mafra. (colaboração Prof. Sandro).
Evento: Inauguração de placas indicativas do movimento tropeiro
Quando: 29 de setembro, às 10 horas
Onde: Largo Benemérita Alzira Silveira