Semana Antimanicomial acontece em Mafra

 

 

O Centro de Atenção Psicossocial – CAPS Grupo Esperança Casa Azul -, através da Secretaria Municipal de Saúde de Mafra, realizará no período de 16 a 20 de maio, no auditório da Associação dos Municípios do Planalto Norte Catarinense – Amplanorte,  a Semana Antimanicomial.

 

A Semana querconclamar a sociedade a pensar a importância da mudança de paradigma no tratamento dos portadores de transtornos mentais, resgatando a cidadania dos mesmos, tratando-os com dignidade, respeitando-os como sujeito de sua história de vida, com vontades, sentimentos e medos como qualquer um de nós em situações desconhecidas. A abertura do evento está programada para as 9 horas do dia 16.

 

A programação da Semana constará das seguintes ações:

 

16/05/16 – 9 horas

Palestra: Saúde mental e cidadania: procedimento de acessos e garantia de direitos ao usuário e família, com Dr. Élcio Guerra Filho, Defensor Público;

Palestra: Saúde mental e cidadania: procedimento de acessos e garantia de direitos ao usuário e família – benefícios e serviços sociais, com Marcus Vinicius Ribas Muzzillo;

Local – Amplanorte;

17/05/16 – 14 horas

Mobilização de divulgação e informações dos serviços prestados em Saúde Mental – CAPS Mafra, exposição dos artesanatos produzidos pelos usuários.

Local: Praça Lauro Muller;

18/05/16 – 10 horas

Atividade recreativa com os usuários

Local: Ginásio de Esportes Tutão;

19/05/16 – 13 horas

Atividade recreativa com os usuários

Local: CAPS Casa Azul

20/05/16 – 13 horas

Atividade recreativa com os usuários e encerramento da semana.

Local: CAPS Casa Azul

 

Trajetórias de lutas

A história apresenta uma trajetória de lutas pelo reconhecimento dos direitos destas pessoas tratadas com desprezo pela sociedade, entendendo ser seu lugar atrás de muros e grades, isolando-os de todo convívio humano.

A loucura, o limite extremo da perda da razão, é reconhecida na história como motivo suficiente para afastar da sociedade mantendo- a em segurança e conforto, pois as instituições psiquiátricas, hospitais, manicômios, sempre foram referência para controlar e conter as “condutas sociais inadequadas e anormais”.

Certamente, as limitações e dificuldades são muitas, mas muitas são também as possibilidades de transcender obstáculos interpostos pelos transtornos mentais.

 

Novo olhar

No Brasil, um novo olhar e procedimentos legais se organizaram na implementação da reforma psiquiátrica configurando um novo sistema de proteção da saúde mental, o qual passa a ser pensado através da Lei Federal 10.216/2001, apresentando o processo de desinstitucionalização, pretendendo cuidar e não isolar ou excluir a pessoa que sofre de algum tipo de transtorno mental.

Esta proposta trouxe à sociedade ao cenário para debater questões que tem tomado dimensões significativas,  influenciando no comportamento das pessoas e das famílias quando se deparam com situações que exigem mudanças da rotina já conhecida, em função de um tratamento que ainda desperta medo, angústia e preconceitos.