6ª Conferência Municipal de Saúde de Mafra abriu espaço para discussão e elaboração de propostas para construção da política de saúde
• Público participou ativamente debatendo os temas e sugerindo propostas
A Secretaria Municipal da Saúde de Mafra realizou na última sexta-feira, 1º de julho, a 6ª Conferência Municipal de Saúde, na Universidade do Contestado (UnC) de Mafra, contando com a presença de cerca de 300 pessoas. O objetivo do evento foi o de criar um espaço democrático para construção da política de saúde. Durante o evento os participantes manifestaram, sugeriram e planejaram os rumos da saúde, junto aos usuários, trabalhadores e prestadores dos serviços de saúde, nas esferas municipal, estadual e federal.
Debates
A fim de criar um ambiente propício para discussão e munir os participantes com mais informações, houve três palestras com temas relacionados à saúde pública. A primeira foi "Implantação da Rede e Tratamento de Esgoto no Município de Mafra", com a Bióloga da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, Nádia Weiz dos Santos, em seguida o Administrador do Hospital São Vicente de Paulo e Conselheiro Municipal da Saúde, Dario Clair Staczuk, fez a palestra "Financiamento na Atenção Hospitalar/Hospitais Filantrópicos" e a última foi "Todos usam o SUS! SUS na Seguridade Social Política Pública, patrimônio do Povo Brasileiro", com o Enfermeiro Sanitarista, Mestre em Enfermagem e Professor da UFPR, Paulo de Oliveira Perna.
Propostas
Segundo a Secretária Municipal de Saúde, Maria Beatrice Reynaud dos Santos, foram discutidas e aprovadas aproximadamente 50 propostas, que serão analisadas pela comissão de relatores da 6ª Conferência de Saúde, para em seguida encaminhar relatório final a vários setores – privado e público.
"Estas propostas condizem com as necessidades locais da saúde. Esta conferência cumpriu seu papel, proporcionando um espaço para uma ampla discussão para construção da política de saúde do município de Mafra", comentou a Secretária.
Dentre as principais propostas estão: implantação do acolhimento com caracterização de risco/humanização nos serviços de saúde municipais; descentralização na autorização e marcação de exames, realização de coleta material para exames laboratoriais, realização de exame preventivo de colo de útero nas UBS; criação dos conselhos locais de saúde nas localidades onde houver estrutura e interesse da comunidade; criação de plano de carreira (cargos e salários para os profissionais de saúde); e aprovação da Emenda Constitucional nº 29, com o intuito de aumentar recursos da saúde.
Além da discussão de propostas, durante o período da tarde, os participantes também elegeram 12 delegados para irem à Conferência Estadual.