Pedágio social no alto de Mafra fez alerta sobre a violência contra mulheres

 

• Lei Maria da Penha (Nº 11.340) de 7 de agosto de 2006 coíbe a violência doméstica e familiar contra a mulher

Na última sexta-feira, 25, cerca de 500 flores artesanais, confeccionadas pelos participantes dos programas da Secretaria da Criança e Ação e Social de Mafra foram distribuídas aos motoristas que passaram pelas imediações da Praça Lauro Müller. Junto à flor, uma mensagem de esperança e panfletos de entidades parceiras participantes – Clube Soroptimista Internacional de Rio Negro e Delegacia da Mulher. O evento contou ainda com a colaboração do CEDUP.

Este ato foi alusivo ao "Dia Internacional de Combate à Violência contra as Mulheres". Uma faixa, patrocinada pela Tranorte, alertava para a importância do dia no pedágio.

Para a Secretária da Criança e Ação Social, Áurea Bastos Davet, este ato marca historicamente a data, que há três anos em Mafra, procura mobilizar e sensibilizar a sociedade para a não-violência contra a mulher. "No CREAS temos em média 150 casos atendidos por mês, destes 80% estão vinculados à violência contra a mulher, seja ela de qualquer forma. Então, precisamos alertar os munícipes para que fiquem atentos e observem os sinais dados pela mulher", explicou Áurea. Ela ainda faz menção ao crescente número de casos de violência, registrados na Delegacia da Mulher. "No ano passado o número chegou a 500 casos registrados. Por um lado, vemos que ainda há muita violência contra a mulher, por outro, vemos que com as denúncias, as mulheres estão se sentindo mais fortalecidas, protegidas e seguras para buscar recursos que existem na comunidade", disse.

Prevenção

A Secretaria da Criança e Ação e Social trabalha a prevenção contra a violência em seus programas sociais já com as crianças e adolescentes, como no PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) e Projovem Adolescente. 

Além do pedágio, nos dias 24 e 25, aconteceram apresentações teatrais para alunos das escolas da rede municipal de ensino (Cristo Rei, Francisco Izabel, Barão de Antonina e Paula Feres). A peça intitulada "Rosas" foi uma realização do Grupo Projovem Adolescente. Esta mesma peça será apresentada no dia 02 de dezembro as 19h, no London Clube.

O CREAS e o CRAS atendem, entre outras situações,  pessoas em situação de risco social orientando como proceder nestas situações e ainda onde as mesmas devem se dirigir, como no caso de violência, às Delegacias. "Nós não acompanhamos as denúncias, mas motivamos às famílias para que elas saibam onde procurar os recursos competentes. Damos suporte psicológico e fazemos o encaminhamento", explicou a psicóloga da Secretaria da Ação Social, Lucila Santana Soares.

Já psicóloga Rosimeri Souza Farias, ressalta o tipo de violência sofrida pelas mulheres. "Quando se fala em violência, vale à pena destacar que não é só a violência física. Nós constatamos nos programas também a psicológica, na qual a mulher sofre calada", disse.

Rosimeri destaca ainda o que a mulher deve fazer para se prevenir da agressão. "A mulher tem de ter autonomia. Ela não precisa se dedicar somente ao lar. Deve ser dona de si mesma, exercer seus direitos como, por exemplo, o de poder participar de grupos e de situações que gostaria, mas que o ‘agressor', não a permite fazer", explicou.

Mensagem

Cada pessoa que passou pelo pedágio social, recebeu uma flor com mensagens. Esta é uma delas: "25 de novembro – Dia Internacional de Combate à Violência contra as Mulheres. "Ser mulher é identificar um sorriso triste e uma lágrima falsa, é ser enganada e sempre dar mais uma chance, é cair no fundo do poço e emergir sem ajuda". 

Na mensagem constava ainda o telefone para denúncias: "Denuncie 197".