Mafra se prepara para a Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo e Poliomielite

A Secretaria de Saúde de Mafra estará se preparando para a Campanha Nacional Contra a Poliomielite e o Sarampo no período de 6 a 31 de agosto. O dia 18 de agosto será considerado o “Dia D”, de divulgação e mobilização nacional. O objetivo da campanha é contribuir para a manutenção da cobertura vacinal e para a redução do risco de reintrodução do poliovírus selvagem, do sarampo e da rubéola. De acordo com a Secretária de Saúde, Jaqueline Fátima Previatti Veiga “Mafra está se articulando para evitar o surgimento de casos de sarampo e poliomielite, pois há o risco das doenças ressurgirem e a prevenção é feita somente através da vacinação”.

Segundo a Enfermeira da Vigilância Epidemiológica, Francesli Patricia Pereira Heilmann “nesta campanha os pais e responsáveis são atores sociais importantes no processo de manutenção da eliminação dessas doenças e devem comparecer aos serviços de vacinação com as crianças, levando também a caderneta de vacinação para avaliação e registro”. Com o intuito de se preparar para o início da campanha, a secretaria realizou na última terça-feira (24), uma reunião para o planejamento e repasse de informações para a atenção básica – Equipes das Estratégias de Saúde da Família.

Público-alvo

A campanha visa vacinar indiscriminadamente contra a poliomielite e o sarampo, crianças de um (1) a quatro (4) anos, 11 meses e 29 dias de idade. A Secretaria de Saúde informa que para os adultos a vacina será aplicada apenas se a pessoa nunca tomou ou para atualização da carteirinha. “Até os 29 anos, precisa tomar duas doses da vacina VTV (Vacina Tríplice Viral – contra sarampo, caxumba e rubéola) e dos 30 a 49 anos é necessária uma dose da mesma vacina”, informou a Enfermeira da Vigilância Epidemiológica, Francesli Patricia Pereira Heilmann. A meta do Município é de vacinar 95% das crianças. Mafra totaliza 2945 crianças dentro da faixa etária abrangida pela campanha.

Situação Epidemiológica

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde – OMS – no cenário global da poliomielite, “nos anos de 2017 e 2018, foram registrados casos da doença somente nos dois países que são considerados endêmicos, Afeganistão e Paquistão. Porém em junho de 2018 foi identificada uma amostra de poliovírus tipo 3 em uma criança Venezuelana de 2 anos e 10 meses de idade, não vacinada”.

No contexto do sarampo, como resultado das ações vigilância, laboratório e imunizações, em 2016, o Brasil recebeu o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo pela OMS, declarando a região das Américas livre do sarampo. Nos anos de 2016 e 2017, não foi registrado nenhum caso da doença no país. Atualmente o Brasil enfrenta surtos de sarampo em quatro estados com registro de casos confirmados: Roraima (200), Amazonas (265), Rio Grande do Sul (7) e Rio de Janeiro (1), de acordo com dados até a SE 25/2018 (Semana Epidemiológica nº 25 de 31 de dezembro de 2017 a 23 de junho de 2018). A provável porta de entrada desses casos no país se deu pelo estado de Roraima, por causa da grave crise social na Venezuela, favorecendo o deslocamento de refugiados sem história de vacinação para o Brasil, segundo informações do Ministério da  Saúde.

“Diante desse quadro mundial, existe a necessidade de unir esforços para manter o país livre dessas doenças. As coberturas vacinais municipais ainda são heterogêneas, podendo levar à formação de bolsões de pessoas não vacinadas, possibilitando assim, a reintrodução do poliovírus e do sarampo”, concluiu Francesli.

 

 

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