Professora ensina artes, mas empolga alunos com o Teatro em Mafra

Para dar continuidade à série Perfil Cultural, que visa levar ao conhecimento da população os artistas locais ou as entidades que atuam com cultura no município, a atual edição vai mostrar um pouco do trabalho da Professora de Artes e artista de Teatro, Raquel Regina Rosa Buch. Conhecida pela irreverência no palco, Raquel trabalha com todas as formas de artes, mas é apaixonada pelo teatro.

 

“Adoro fazer as pessoas rirem”, comentou ao falar dos seus personagens no palco. “Nunca fui fada nem princesa. Amo fazer papéis de homens, de velhinhos e de bruxa”, falou rindo dela mesma. Quando dizem: “é uma palhaça”, aceita feliz, porque é esse o seu objetivo, de fazer rir.

 

Incentivadores

Raquel lembrou que seus primeiros incentivadores, para seguir uma carreira ligada ao teatro, foram os professores do Magistério, Jussara e James.  Formou-se em Artes Visuais pela UnC e é pós-graduada em Arte e Educação. Trabalha desde 1995 com teatro na Escola Santo Antônio, tendo formado um grupo “Fantasiando” no período de 95 a 97 e atualmente com oficinas para alunos do ensino fundamental.  Na escola Gustavo Friedrich, desenvolveu o projeto Teatro Interativo, com a Polícia Militar, premiado pelo Governo do Estado.

 

Também foi professora da oficina de teatro da Casa da Cultura trabalhando com todas as idades. Atualmente trabalha no CEMMA, como professora de artes e realizando apresentações teatrais com alunos e professores. Elogiou a escola pelo apoio: “escola que muito incentiva e sempre ajuda no que for preciso para que o teatro aconteça”.

 

Amigas Parceiras

Lembrou também das amigas parceiras, Ivone Dutra Pivovar, Viviane Ferreira Carvalho e Luiza de Oliveira. Das peças que encenou e que mais gostou destacou “Romeu e Julieta”, “Eu e meu rádio” e “Pluft, o fantasminha, peça de Maria Clara Machado, dramaturga que admira muito. Nas peças que apresenta, ela é “meio faz tudo” monta os cenários, os textos, ensaia o pessoal, atua como personagem e quando precisa, compra com o próprio dinheiro algum material que falta. 

 

Para ela, o teatro não é só uma arte, funciona também como terapia e até como tratamento para depressão e de superação, citando o próprio exemplo, superando incertezas e inseguranças de infância, pois ficou órfã de mãe muito cedo.

 

Disse estar feliz por ter conseguido influenciar pelo menos um pouquinho alguns ex-alunos, que seguiram a carreira de ator, destacando Marlon Zé – que hoje atua na Argentina – e Amanda Ruthes, que está em Curitiba estudando teatro e já encenando em peças que estão percorrendo Santa Catarina.

 

Sonho

Tem como sonho representar para grandes plateias. “Minha primeira plateia era uma plantação de milho na minha casa. Eu ficava mais ao alto, tipo num morro e atuava para eles, os pés de milho, que me aplaudiam (o vento balançava as folhas que faziam barulho)”, lembrou brincando.

 

Aos jovens que desejam seguir a carreira artística aconselhou: “Não pensem só na remuneração, mas na vontade de fazer o que gostam e fazer diferente, porque a arte é importante para a vida e para a alma”.

 

 

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