CAPS na comunidade: no mês de prevenção ao suicídio, orientação sobre mitos e verdades é levada a 50 trabalhadores do setor privado

 A equipe do CAPS I de Mafra participou, no último dia 19 de setembro, da  SIPAT – Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – do Moinho Werner abordando a temática dos mitos e verdades sobre o suicídio.  A palestra foi realizada pela psicóloga Jéssica Sartori e pela técnica de enfermagem Patrícia Wormsbecker, a convite pela Tatiane N. dos Anjos Kummer, técnica em Segurança do Trabalho e atingiu aproximadamente 50 trabalhadores da empresa. 

 

Segundo a coordenadora do CAPS, Adriana Moro, o mês escolhido para dar visualização à prevenção do suicídio é setembro, mas todos os dias é preciso trabalhar a prevenção do suicídio em toda a comunidade: “Falar é a melhor solução, principalmente por conta da quebra de tabus e o enfrentamento do problema. A sociedade em geral precisa reconhecer sinais, diferenciar mitos e verdades, ouvir profissionais e ter acesso a formas de apoio” – diz Adriana.

 

Confira 10 mitos e verdades sobre o Suicídio  

 

MITO VERDADE
Apenas pessoas com transtornos mentais têm comportamento suicida. Muitas pessoas que possuem transtorno mental não são afetadas por comportamentos suicidas e nem todas as pessoas que tiram as suas vidas têm transtorno mental.
Quem planeja se matar está determinado a morrer. Ao contrário, existe ambivalência entre viver e morrer. A pessoa muitas vezes não deseja a morte, mas uma vida diferente, uma saída para o seu sofrimento.
Quem fala sobre suicídio não tem a intenção de cometê-lo. Pessoas que falam sobre suicídio estão procurando ajuda ou suporte.
Suicídio é coisa de rico, pobre não tem tempo para isso. O suicídio pode atingir todas as classes sociais independentemente de sexo, raça, cor, classe ou idade.
A maioria dos suicídios ocorre sem alerta. A maioria dos casos é precedida por sinais de alerta verbais ou comportamentais.
A tentativa de suicídio é só para querer chamar atenção. A tentativa é um sinal de alerta de que a pessoa está em grande sofrimento.
Quem se mata é fraco ou corajoso. Não se deve julgar. É preciso compreender a situação e indicar à pessoa o atendimento adequado.
Depois de uma tentativa de suicídio, a melhora rápida significa que o perigo já passou. A pessoa se mostrar mais calma não significa que o problema se resolveu. Ela pode estar mais calma justamente por já ter se decidido pelo suicídio como forma de terminar o sofrimento, aguardando apenas uma oportunidade.
Uma pessoa que tenta se matar uma vez dificilmente tentará novamente. A tentativa é o fator de risco mais importante a ser considerado na prevenção.
Não se deve perguntar se a pessoa está pensando em se matar porque isso pode induzi-la ao ato. Ao perceber sinais de que a pessoa está pensando em suicídio, o tema deve ser abordado abertamente, porém, com cautela e acolhimento. Proporcionar um espaço para falar sobre seu sofrimento, de forma respeitosa e compreensiva favorece o vínculo, mostrando que nos importamos com ela e que outras saídas são possíveis.

 

 

Projeto CAPS na comunidade

O objetivo das ações do projeto CAPS na comunidade, além de levar informação e diminuir o preconceito, é realizar a aproximação com a comunidade, pois além da reabilitação psicossocial, que é o seu grande papel, as ações de prevenção e promoção à saúde também são foco da sua atuação.

 

 

 

 

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