Vigilância Epidemiológica de Mafra detecta um caso de hanseníase no município
• Após cinco anos foi detectado novo caso ainda em fase inicial
• Doença é curável, mas paciente deve realizar tratamento correto por um ano
A Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Mafra detectou neste mês um caso de hanseníase, após cinco anos sem notificações. O paciente é um homem de 60 anos que frequentava a sua ESF periodicamente. Ele apresentou queixas sugestivas e foi encaminhado ao serviço de vigilância epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde para fazer exames. Após a confirmação do caso, iniciou imediatamente o tratamento pelo SUS. Segundo o enfermeiro Márcio Fábio da Silva, se houver sinais de suspeita da doença, a pessoa deve procurar a sua ESF.
Atendimento
A Saúde de Mafra dispõe de um serviço de atendimento ao paciente com hanseníase e às pessoas que convivem diretamente com paciente. “Pessoas que possuam sinais sugestivos de Hanseníase podem fazer uma consulta em sua unidade de saúde onde o profissional médico irá avaliar e, caso seja necessário, fará o encaminhando para atendimento no serviço de Hanseníase do município”, explicou o enfermeiro. Ele lembra ainda que a hanseníase “tem tratamento, é gratuito, a medicação é oral e também conforme a parte afetada. O tratamento é medicamentoso, mas é muito importante o acompanhamento do paciente após a cura, bem como de seus familiares e demais pessoas que tenham tido contato direto. A detecção precoce é a melhor forma de prevenção”.
Mas o que é Hanseníase
Segundo o Ministério da Saúde “A hanseníase é uma doença crônica, transmissível, de notificação compulsória e investigação obrigatória em todo território nacional. Possui como agente etiológico o Micobacterium leprae, bacilo que tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos, e atinge principalmente a pele e os nervos periféricos, com capacidade de ocasionar lesões neurais, conferindo à doença um alto poder incapacitante, principal responsável pelo estigma e discriminação às pessoas acometidas pela doença. A infecção por hanseníase pode acometer pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade. Entretanto, é necessário um longo período de exposição à bactéria, sendo que apenas uma pequena parcela da população infectada realmente adoece”.
Transmissão e Sintomas
A transmissão da hanseníase é causada pela bactéria Mycobacterium Leprae, também conhecida como Bacilo de Hansen. É transmitida pelas vias aéreas superiores, no contato direto com o paciente (convivência diária). Os sintomas mais frequentes da doença classificados pelo Ministério da Saúde são: Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração de sensibilidade térmica (ao calor e frio), tátil (ao tato) e à dor, que podem estar principalmente nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, no tronco, nas nádegas e nas pernas; Áreas com diminuição dos pelos e do suor; Dor e sensação de choque, formigamento, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas; Inchaço de mãos e pés; Diminuição sensibilidade e/ou da força muscular da face, mãos e pés, devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos; Úlceras de pernas e pés; Caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos; Febre, edemas e dor nas juntas; Entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz; Ressecamento nos olhos.
Mais informações podem ser obtidas nas ESFs ou na Vigilância Epidemiológica, que fica localizada na Rua Marechal Floriano Peixoto, esquina com a São João Maria. Atende de segunda à sexta-feira, das sete às 16 horas. Telefone: 3642-5867
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