Secretaria Municipal Saúde de Mafra alerta a população sobre a necessidade de adotar ações preventivas contra escorpiões

 

Diante de notícias de capturas de escorpiões nos bairros Restinga e Vila Nova, a Vigilância Sanitária (VISA) de Mafra repassa à população procedimentos a serem adotados ao se deparar com o hóspede indesejado. O escorpião costuma aparecer com mais frequência durante o verão. Em caso de captura, a VISA orienta: o animal deve ser acondicionado em um vidro ou pote com tampa e deve ser encaminhado à Vigilância Epidemiológica ou para a Vigilância Sanitária para realização de registros e envio ao Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC), para determinação da espécie.

 

De acordo com o gerente de Vigilância em Saúde, Alessandro Luis Belem “Após recebermos a notificação de moradores das proximidades do Supermercado MIG e do início do bairro Restinga, sobre o caso de vários escorpiões terem sido encontrados nos arredores de uma madeireira desativada, a Vigilância Sanitária realizou uma vistoria in loco para levantamento situacional, onde foi constatado que o local encontra-se em obras, sendo a possível causa da dispersão dos escorpiões. Também serão realizadas visitas preventivas e orientativas por agentes comunitários de saúde nas residências próximas do local”.

 

É importante destacar que, em 2019, não houve registros de acidentes (picadas) com escorpiões, e três exemplares já foram enviados ao CIATox e, conforme a ficha de identificação animal, expedida pelo órgão, os escorpiões identificados em Mafra são da espécie Tityus costatus, também conhecido como Escorpião-manchado.

 

Conhecendo o hospedeiro

O escorpião não costuma atacar sua presa e usa o veneno, basicamente, como instrumento de defesa, para imobilizá-la. Eles se adaptam muito bem à vida no subterrâneo das cidades e, quando buscam um abrigo provisório, acabam subindo pelas tubulações, ocasião em que podem terminar escondendo-se dentro de residências.

O escorpião-manchado encontrado em Mafra possui sete centímetros de comprimento, tem coloração geralmente castanho amarelada com manchas nas pernas e palpo (garras). Escorpiões deste gênero apresentam veneno de importância médica. A pessoa picada apresenta dor e coceira local. Estes animais podem ser encontrados em qualquer ambiente úmido, escuro e com insetos. As ocorrências de acidentes geralmente ocorrem nos meses mais quentes e úmidos do ano.

 

Combate e prevenção

O uso de veneno não é eficaz no combate aos escorpiões. Algumas pesquisas mostram que os venenos podem provocar, inclusive, o aumento da população, pois sua utilização provoca apenas o desalojamento temporário deles, favorecendo assim a dispersão de focos, já que os escorpiões possuem um revestimento de quitina que os deixa impermeáveis ao veneno. O controle se demonstra mais eficaz eliminando possíveis ambientes de vida e/ou possíveis insetos que sirvam para sua alimentação. Confira algumas dicas:

 

  • Eliminar as baratas, elas são principal alimento do escorpião;
  • Vedar ralos de chão, tanques e pias;
  • Vedar fossas e tubulações de esgoto e aguas residuárias;
  • Rebocar paredes e muros para que não apresentem vãos e frestas;
  • Manter quintal, jardim e arredores da residência sempre limpos e livres de entulhos de lixo; e
  • Eliminar latas, cacos de telhas e outros objetos que possam acumular água.

 

 

Cuidados para evitar acidentes

 

  • Observar os panos de chão e as roupas úmidas antes de apanhá-los;
  • Observar sapatos e roupas, sacudindo-os antes de calçá-los ou vesti-los;
  • Cautela ao mexer em montes de lenha, tijolos, entulhos, folhagens e buracos;
  • Em caso de picada, procure imediatamente o serviço de saúde mais próximo.

 

Medidas adotadas pela equipe de Vigilância em Saúde

 

  • Visitas preventivas e orientativas através das Agentes Comunitários de Saúde;
  • Coleta de exemplares para controle e determinação espécie;
  • Vistoria in-loco, para levantar a situação e determinar as medidas administrativas cabíveis.