Meningite – conheça a doença, seus sintomas e o tratamento

 


Como forma de levar à população maiores informações sobre algumas doenças que podem ocorrer com familiares, vizinhos e amigos e alertar para a necessidade de alguns cuidados por parte da população, a Prefeitura de Mafra inicia através da Secretaria Municipal de Saúde – Núcleo Materno Infantil a divulgação das causas, sintomas e prevenção de doenças como meningite, hepatite entre outras.


         Nesta edição será tratado sobre Meningite. A doença tem sido diagnosticada no município nos últimos meses, a meningite com maior resolução para o paciente sem deixar seqüelas, pois são meningites virais. A meningite viral é transmitida por quaisquer vírus que causam gripe, infecção de garganta, etc. A meningite bacteriana, considerada mais grave, é transmitida por bactérias como pneumococos, meningococos ou haemophilos B.   No Brasil ocorreu   em 1976 e 1977 dois graves surtos da meningite causada pelo meningococos do tipo bacteriano,quando muitas pessoas morreram.


         Na próxima edição será tratado o tema   hepatite.


  Meningite  o que é a doença


Meningite (MGT) é uma infecção das membranas (meninges) que recobrem o cérebro por elementos patológicos como: vírus, bactérias, fungos ou protozoários. Quando ocorrer comprometimento concomitante do tecido cerebral, pode ser denominado meningoencefalite.


Como se adquire


A aquisição da infecção está relacionada ao tipo de germe associado. Geralmente, pode estar associado a um quadro infeccioso respiratório, podendo ser viral ou bacteriano, otites (infecção do ouvido) , amigdalites (infecção na garganta), trauma cranioencefálico (germes colonizadores da cavidade nasal podem adentrar a cavidade craniana e contaminar as meninges). Estados de imunossupressão, como aqueles desencadeados pela infecção pelo HIV, podem tornar o indivíduo mais suscetível a apresentar este tipo de doença, principalmente quando a meningite for desencadeada por fungos ou protozoários.


O que se sente


O quadro clínico da MGT é caracterizado por: cefaléia intensa, náuseas, vômitos e certo grau de confusão mental. Também há sinais gerais de um quadro infeccioso, incluindo febre alta, mal-estar e até agitação psicomotora. Além disso, podemos observar a tradicional rigidez de nuca, um sinal de irritação meníngea. Em crianças, o diagnóstico pode ser mais difícil, principalmente nas menores, pois não há queixa de cefaléia e os sinais de irritação meníngea podem estar ausentes. Nelas, os achados mais freqüentes são: febre, irritabilidade, prostração, vômitos, convulsões e abaulamento de fontanelas.


 Como o médico faz o diagnóstico


O diagnóstico é feito pela anamnese e exame físico completo do paciente. A confirmação diagnóstica das meningites é feita pelo exame do líquor, o qual é coletado através de uma punção lombar (retirada de líquido da espinha). Exames de imagem, sobretudo a tomografia de crânio, não são exames de escolha para o diagnóstico das meningites, mas são indicados quando há alteração focal no exame neurológico, ou se há sinais de hipertensão intracraniana (dor de cabeça, vômitos e confusão mental), ou crises convulsivas, no início do quadro, sem sinais infecciosos gerais.


Como se trata


O tratamento das meningites agudas é considerado uma emergência, principalmente se a suspeita etiológica for bacteriana. Ele deve ser iniciado o mais rápido possível e com antibióticos administrados via endovenosa, pois o paciente corre o risco de vida e de apresentar seqüelas graves nestes casos. Na suspeita de meningite crônica, como aquela provocada pela tuberculose, o tratamento pode ser administrado via oral, sendo que o mesmo se prolonga por semanas.


Como se previne


A prevenção é possível nos casos diagnosticados e com certeza da doença. O uso de máscaras e a profilaxia com antibiótico podem prevenir a meningite das pessoas que estiverem em contato próximo a um paciente que esteja com a infecção.