Emoção e arte no encerramento das oficinas culturais de 2014
12 oficinas gratuitas formaram mais de 800 alunos neste ano
A aluna Ana Maria Treml tem 91 anos e ainda encontra disposição para aprender. Ela freqüenta a oficina de fios da Secretaria de Cultura de Mafra, realizada em parceria com a Associação Amigos da Cultura Mafrense, que fez o encerramento dos cursos com exposição e apresentações dos alunos. Dona Ana estava feliz com sua obra em crochê. Além de trabalhar com fios ela também faz pintura em tela.
As obras de dona Ana e de outros cerca de 800 alunos que freqüentaram as 12 oficinas de cultura, ficaram expostas à visitação de familiares, amigos e comunidade em geral, na noite da ultima quarta-feira, 3, no Lar dos Velhinhos São Francisco de Assis. As apresentações artísticas de violão, teclado e de dança emocionaram os presentes.
Antes das apresentações, o Secretário de Cultura de Mafra, Rafael Kondlatsch destacou a importância das oficinas que são gratuitas. “Hoje é prazeroso para os pais e amigos verem a evolução do aprendizado de seus filhos. Essas oficinas representam o acesso à arte para aqueles que muitas vezes não tem condições de pagar por aulas particulares de música, dança etc”. Ele destacou o empenho do Prefeito Roberto Scholze em manter as oficinas gratuitas através da parceria com a Associação Amigos da Cultura Mafrense e o apoio do Lar dos Velhinhos. Lembrou da criação, em 2008, pela Lei nº 3353, do espaço destinado ao desenvolvimento de atividades artísticas junto à Secretaria de Cultura.
Valorização
Ana Treml disse que gosta das aulas, principalmente porque elas ensinam aos mais novos uma arte que estava se perdendo. “Agora ao contrário, o tricô e o crochê estão sendo valorizados novamente”. Já a professora Bernadete Villa Lobos Drapala, que orienta dona Ana, tem sido uma lutadora pelas oficinas gratuitas. Para ela, o artesanato gera renda extra na família. “Hoje tenho alunas que ganham mais com artesanato do que trabalhando com diarista”, afirmou e destacou ainda que, tanto para quem aprende, como para quem ensina as oficinas chegam a ser uma terapia “muito gratificante”.
As alunas da oficina de dança, Carina, Andrieli Jéssica, Jheniffer, Sabrina e Géssica salientaram a importância de serem gratuitas, que possibilitam as aulas para quem não tem condições de pagar particular. Para elas as aulas são boas e produtivas.
As dependências do salão de eventos do Lar dos Velhinhos ficaram lotadas com familiares, amigos e convidados que observaram os resultados das oficinas de teclado, violão, teatro, biscuit, E.V.A., pintura em tela, pintura em tecido, artesanato, fios, desenho, grafite e dança, que formaram mais de 800 alunos.