“5º SOS rio Negro” reuniu dezenas de voluntários em prol do meio ambiente

Perto de uma tonelada e meia de entulhos foi retirada das margens do rio Negro

 

O ditado “a união faz a força” deu o tom à ação do 5º SOS rio Negro. Desde as 7h30 da manhã do último sábado, 14, dezenas de voluntários reuniram-se para realizar a limpeza das margens do rio Negro, plantar mudas para recompor a mata ciliar e em pedágios educativos em Mafra – Praça Hercílio Luz – e em Rio Negro – Praça João Pessoa, distribuir mudas de árvores frutíferas e ornamentais, sacolinhas de lixo para carro (lixo car) e folders com orientações sobre preservação do meio ambiente. Ao todo foram retirados 1400 quilos (1,4t) de entulhos. Dentre os objetos retirados: garrafas pet, plásticos, roupas, lençóis, carpetes, pneus, embalagens de comida, cordas, mangueiras, equipamentos eletrônicos, cadeiras, ferragens e cobertores.

 

Consciência ambiental

A ação que remeteu ao Dia Mundial da Água, comemorado em 22 de março, reuniu cerca de 300 pessoas das entidades participantes.  A iniciativa do evento foi da CELESC Distribuição S.A. (integrante do projeto Celesc Voluntária) em parceria com as Prefeituras de Mafra e Rio Negro e Defesas Civis, Corpo de Bombeiros de Mafra e Rio Negro, Polícia Militar de Mafra e Rio Negro,  5º RCC, Lions Clube de Mafra e Rio Negro, Ong Voz do Rio, Gráfica Liarte e Seluma. Esta edição conta ainda com o apoio da CASAN (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento), SANEPAR (Companhia de Saneamento do Paraná), Supermercados Mig e Belém de Rio Negro, Rotary Club de Mafra e Rio Negro e Autopista Planalto Sul.

 

Por um ambiente mais saudável

Com o uso de 20 embarcações, os voluntários navegaram trechos do rio para coletar materiais recicláveis das águas. Dentre eles, o Prefeito de Mafra, Roberto Agenor Scholze, que também coletou o lixo. “O que vimos e recolhemos são entulhos restantes da última enchente e também o que é descartado ou esquecido na beira do rio. Esta ação, com tantos envolvidos, mostra a preocupação que temos com o futuro de nossas cidades, reduzindo o impacto negativo no meio ambiente”, disse, já pensando em repetir ação semelhante para o rio da Lança.

Já Viviani Bleyer Remor, assessora de Responsabilidade Socioambiental da Celesc, ao abrir o evento, ressaltou a importância da ação, agradecendo a participação de todos e lembrando que a água é fundamental para a vida.

 

O gerente comercial e administrativo da Celesc , Luiz Cláudio Cardozo, destacou que se surpreendeu com o envolvimento de todos. “Embora encabeçando esta edição do SOS rio Negro, nós da Celesc fomos surpreendidos pela vontade, experiência e responsabilidade demonstrada por todos os envolvidos. Nesta manhã do dia 14, quando as atividades se iniciaram, ficamos orgulhosos por estar fazendo parte desta ação com pessoas que independente de qual lado do rio vieram, se juntaram por essa causa e tornaram esse evento o que foi, um sucesso”. Cardozo completa ainda dizendo que seria injusto tentar elencar entidades e pessoas para agradecer-lhes.

“Tivemos voluntários que foram essenciais ao processo que nem sequer conhecíamos antes deste dia. Neste contexto gostaria de enfatizar as palavras utilizadas pelo Chefe da Agência da Celesc em Mafra, Marcos Antonio Rauen, que comentou no encerramento do evento, ‘que este rio não separa nossas duas cidades e sim nos une’. Portanto esperamos poder colaborar nos próximos eventos do SOS rio Negro com a mesma intensidade com que as entidades e pessoas se envolveram neste”, concluiu Cardozo.

Voz do voluntário

Dentre os voluntários, Aline Higa, atendente da Celesc, que mora em Mafra há um ano, disse que não poderia ficar de fora. “Temos de participar e eventos assim devem acontecer mais vezes”. Ela também mostrou disposição para participar de qualquer ação no evento. “Vou onde precisarem de pessoal”.

Outro voluntário, Rafael Gugelmin, técnico eletrotécnico, contou com o apoio da família – Solange (esposa), Arthur (filho de 2 anos e 9 meses) e Thaís (filha com 41 dias). Ele lembrou a falta de água em São Paulo destacando a importância de preservar a saúde dos rios, “para que não ocorra este problema em Santa Catarina”.