Basquetebol feminino sub-15 disputa duas partidas acirradas pelo Campeonato Estadual
A equipe de basquetebol feminino da ABAM Basquetebol Mafra/DME jogou em casa no Ginásio de Esportes da ABAM/EEB Santo Antonio, na última sexta-feira, 24. No primeiro jogo venceu a equipe ABASPI/SEMEL – Balneário Piçarras por 101 x 40. Já no sábado, 25, enfrentou a equipe da Sociedade Ginástica de Joinville/FMD que fechou o placar em 40 x 39.
Primeiro jogo
A equipe de Mafra abriu o placar já nos primeiros 15 segundos de jogo com a ala direita Maria Rita Kovaleski. Ela também foi a cestinha com 36 pontos. O treinador Plácido Gaissler Filho contou que esta atleta é determinada e se esforça muito. “Ela treina muito, cinco a seis vezes por semana, tem boa marcação, é muito veloz no contra-ataque e não se intimida enfrentando a defesa adversária, superando-a com rápidas infiltrações”, disse.
Assim como Maria Rita, a atuação das demais atletas foi fundamental para manter um jogo equilibrado. Em cinco minutos de partida, a equipe mafrense já vencia por 9 x 4 mas não conseguia parar a armadora de Piçarras, Kethyn Mendes, que conseguiu empatar em 9 x 9. Mafra fechou o placar no primeiro quarto em 18 x 13. No segundo quarto Mafra manteve a marcação individual, pressionando a equipe de Piçarras. Com a velocidade da ala esquerda Thaiane Tisher Lima, que fez sete pontos, venceu este quarto por 22 x 15. O primeiro tempo ficou com a vantagem de Mafra: 40 x 28.
Veio o segundo tempo. No terceiro quarto o técnico Plácido mudou a marcação, passando a marcar individual meia quadra. A estratégia deu certo e Mafra raramente permitia a passagem das atletas de Piçarras. Com muita atenção à marcação, Mafra venceu este quarto por 36 x 3, indo para o último quarto com a partida praticamente definida: 76 x 31.
Em busca dos 100
Veio o último quarto com a equipe sabendo que o saldo de pontos era importante para tentar se classificar para a segunda fase do campeonato. Segundo Plácido, neste final de segundo tempo, “as meninas nem se acomodaram e nem diminuíram o ritmo”. A torcida foi uma importante incentivadora para a equipe de Mafra que começou a correr atrás da contagem centenária, placar que a equipe ainda não tinha conseguido após três anos de participação em jogos. “Não tinham, porque faltando 14 segundos, Mafra, por meio da ala Maria Rita, conseguiu”, celebrou o treinador com o placar de 101 x 40.
Segundo jogo
No sábado, Mafra enfrentou a forte equipe de Joinville. De acordo com o treinador, neste dia as equipes se destacaram pelo equilíbrio e revezamento no placar, e o jogo em si por decisões polêmicas dos árbitros.
No primeiro quarto o placar ficou em 12 x 9 para Joinville. A atleta Maria Rita sofreu marcação individual pressionada e a equipe joinvilense fechou em 23 x 13. O técnico Plácido aproveitou o intervalo para dar força às atletas. “As oportunidades aparecem na vida da gente e temos que aproveitá-las, porque talvez elas não apareçam novamente. Esta é a oportunidade de vocês vencerem Joinville (equipe campeã do Campeonato Estadual em 2018)”, aconselhou. Surtindo efeito, Mafra venceu o terceiro quarto por 28 x 24.
No começo do último quarto Mafra empatou o jogo com cestas da armadora Izabelly Luiza Kuss e da ala esquerda Thaiane. Disputado ponto a ponto, o jogo mexia com as emoções das atletas, técnicos e torcida. Final de jogo: empate de 36 x 36. A disputa foi para a prorrogação, que terminou com a vitória de Joinville por apenas um ponto de diferença: 40 x 39.
Dúvidas
O técnico Plácido fez apontamentos quanto à arbitragem do jogo. Segundo ele, no terceiro quarto a arbitragem marcava faltas de Mafra “mas não agia do mesmo modo para Joinville e gerou, como consequência, a revolta do público presente”. Para Plácido, na prorrogação, a arbitragem influenciou no resultado: “faltavam 14 segundos e não foram marcadas duas faltas seguidas no mesmo ataque, uma sobre a armadora Izabelly e outra sobre a pivô Eduarda Esther e o jogo terminou empatado em 36 x 36, indo para a prorrogação. Por outro lado, marcou duas faltas sobre a armadora de Joinville Ana Vieira. Ela converteu dois dos quatro lances livres e Joinville venceu o jogo”.
Indignação
“A torcida mafrense ficou indignada e vai enviar um ofício à Federação Catarinense de Basketball – FCB – relatando tudo o que aconteceu. É preciso que treinemos mais para sermos bem superiores à equipe adversária, para não deixar que os fatores ‘extra-quadra’ interfiram no resultado do jogo”, finalizou o treinador.