Crise econômica preocupa Prefeitura de Mafra
A queda na arrecadação dos Municípios, que tem se repetido mensalmente e sentida mais especialmente nos repasses de ICMS e FPM, está preocupando o Executivo Mafrense. Segundo o Secretário da Fazenda e Planejamento, Clesiomar Witt, o município não foge à regra dos demais catarinenses que estão vendo refletido em suas finanças, a crise econômica que assola a indústria, comércio e agricultura no País. Algumas das razões para esta situação, destacadas por ele são a crise por que passa a agricultura brasileira, a desvalorização do dólar e a alta taxa dos juros. O Município de Mafra possui sua economia baseada na agropecuária, responsável por cerca de 70 por cento da arrecadação, segundo dados da Associação dos Municípios do Planalto Norte Catarinense AMPLA.
A crise enfrentada pelo setor, agravada pela seca, e as constantes quedas nos repasses de ICMS e FPM, tem levado muitos municípios a adotarem medidas drásticas para poderem suportar a situação, explicou Clesiomar. Em Mafra, dentre as medidas a serem adotas constam a cobrança da Dívida Ativa, que já vem sendo feita, mas que será intensificada com maior rigor; a revisão dos planos de investimento e obras estabelecidos pelo executivo; o corte generalizado nos gastos e o urgente recadastramento imobiliário para adequação da cobrança do IPTU. Ele disse que está é a oportunidade para que os munícipes em débito com os cofres públicos, busquem o refinanciamento das suas dúvidas, através do REFIS, cujo prazo encerra em 30 de junho.
O Secretário explicou ainda que Mafra pretende buscar dos demais município do Planalto Norte Catarinense, em especial da microregião da AMPLA, e iniciar uma campanha de sensibilização do governo, sobre os problemas advindos da queda da receita. Hoje, em função da queda da arrecadação e do aumento concedido ao funcionalismo público o comprometimento da folha de pagamento chega a 49 por cento da receita, fato que preocupa o executivo municipal e que certamente refletirá na redução dos investimentos.